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Ensino Fundamental

      Um arco de flores é formado para ritualizar a passagem das crianças do jardim de infância para o ensino fundamental, quem por ele passar descobrirá um mundo belo. Esses novos passos descortinam uma nova paisagem que será desbravada ao longo de oito anos junto do(a) professor(a) de classe.
 
        O fundamental I é composto por aulas de época e as aulas especializadas:  música, trabalhos manuais, aula de jogos, língua estrangeira, artes aplicadas, jardinagem e agricultura, dentre outras atividades que vão complementando o percurso escolar ao longo do tempo de desenvolvimento das crianças.
 
      No nosso caso, tudo permeado pela Pedagogia do Fazer, um mergulho nos fazeres primordiais da humanidade. Todo currículo, trabalhado a favor do desenvolvimento da criança, e tudo de forma a contemplar um equilíbrio entre o pensar, o sentir e o querer.
 
     Todo currículo segue as normas vigentes de nosso país, estabelecidas pelos órgãos de educação. O que se diferencia é a abordagem e amplitude que o cronograma escolar ganha dentro de uma proposta viva e que vai da prática para a teoria, que permeia o corpo todo até chegar ao caderno.

POR QUE A

ARTE DA PEDAGOGIA DO FAZER?

Em nossa bela Terra a natureza está em perigo. Flores e animais estão deixando o planeta, o clima ao redor do mundo está doente. Mas algo mais está em risco: a infância.

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     Aprendemos fazendo quando somos criadores da nossa própria aprendizagem. Com estas duas mãos, que nos foram dadas pela maravilhosa mãe Terra, aprendemos como viver e nos transformamos em mestres do nosso destino. Elas são o instrumento de

alquimia, podem transformar materiais de base em algo extraordinário.

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     O ponto de partida é: professores e alunos trabalham e aprendem juntos.

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    As crianças de hoje não aceitam mais o professor que parece um “depositário de conhecimentos teóricos” e não aceitam mais um currículo e salas de aula que as

isolam da vida real. Por isso, como educadores, não falamos para as crianças o que elas devem ou não fazer, fazemos e trabalhamos juntos. Assim é que vamos

encontrando um modo de vida que vem do coração. O fazer humano é empenho e conquista de ser. Um trabalhador, um jardineiro, um fazendeiro... está colocando uma semente na terra. E com cultivo aquela semente se transforma em uma linda árvore.

As crianças usam suas mãos e aprendem a se relacionar com o entorno, com os colegas e o mundo. Durante os primeiros sete anos aprende através da imitação e nos

próximos sete anos, fazendo o que os adultos fazem. Criam-se na criança imagens de adultos atuando em um trabalho significativo, um trabalho digno de imitação.

E a criança pode copiar o adulto porque percebe o adulto trabalhando de forma visível e significativa movendo seus braços e pernas no trabalho. A alma da criança, seu gênio vive dentro do brilho de tais atividades e se manifesta no processo de autoeducação quando a criança imita o adulto. A isso chamamos de brincar.

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         O ambiente ideal para esse tipo de educação seria um sítio. Mas para conseguir, de um lado, um "entorno íntegro" (Goethe, Pädagogische Provinz) para a autoeducação da criança e, de outro, um espaço que apoia e nutre os agricultores, o sítio deve se transformar profundamente. Não se trata de uma fazenda para aprendizes, mas de uma sítio onde as pessoas se dedicam à agricultura orgânica e biodinâmica, a fim de

recuperar as forças juvenis da própria terra. Nenhuma instrução direta, mas a integração das crianças nos processos de trabalho, a convivência com o "fluxo volitivo" dos adultos. As salas de aula também fazem parte desse ambiente e

também precisam de grandes mudanças. Salas internas e ambientes externos são mesclados.

 

        A maneira de conseguir isso depende de vários fatores que devem ser discutidos em detalhes. Claramente, as ideias aqui mencionadas só mostram o ideal. A agricultura orgânica e biodinâmica pode salvar a educação de hoje. Duas ideias apontam

para esse caminho: 1) Um sítio seria o ideal mas não um requisito obrigatório.

As "escolas" têm surgido principalmente nas áreas urbanas e é aí, acima de tudo, onde a mudança deve ocorrer. Como mencionado, a civilização urbana deve ser transformada e a mudança só pode ocorrer através de crianças que têm sido educadas de uma forma totalmente nova ao longo de décadas ou séculos. 2) Respeitando o atual desenvolvimento político, social e cultural da maioria dos países, a mudança de paradigma educacional só será possível se estivermos dispostos a

imaginar a transformação da "escola" em um espaço de aprendizado, onde as crianças aprendem para serem capazes de moldar o futuro.

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SALVANDO A INFÂNCIA: UM MEMORANDO PARA UMA PEDAGOGIA DO FAZER

Dr. Peter Guttenhöfer

Beco dos Gutterres, 1225 - Fiúza, Viamão - RS, 94410-970 | (51) 98055 4504
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